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Embargo chinês dificulta planejamento da pecuária para 2022


'Fator China' amplifica problemas do segmento, que já enfrenta alta de custos, impactos da crise econômica e efeitos do clima sobre o rebanho

Brasília , 29/10/2021


O "fator China" continua determinante para as perspectivas da pecuária brasileira em 2022. Com o mercado doméstico enfraquecido pela crise econômica e as exportações de quase 16% da produção de carne bovina travadas por causa do embargo chinês, o cenário - formado, também, por custos em alta e desestímulo aos investimentos - é mais desafiador, afirmam especialistas.

Para Thiago Bernardino de Carvalho, pesquisador do Cepea/Esalq/USP, a tendência é que custos continuem a subir no primeiro semestre de 2022 - os preços de medicamentos e nutrição devem subir até 5%, acredita - e que se dissipem ao longo do ano. Segundo ele, quem investe consegue diluir as despesas e tem economia de escala.

"Não é para fazer loucura, mas não se pode deixar o carro parar. Se todo mundo sair, o confinamento tende a ser positivo", afirmou ele em evento da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). O pesquisador ponderou que é necessário olhar a fazenda como uma empresa, que, com boa gestão de custos e de comercialização do gado, pode encarar um "cenário de incertezas".

A diretora executiva da consultoria Agrifatto, Lygia Pimentel, vislumbra redução de margens aos pecuaristas. Desde 2017, o setor não vive mais "anos normais", disse, e a saída da China trouxe a volatilidade do mercado de grãos para a pecuária.

"É um mercado desafiador. A ausência da China vai doer, como estamos sujeitos ao mercado internacional e com mercado interno deprimido por causa da crise econômica", afirmou.

Thiago Carvalho, da USP, completa: "O fator China era o que estava precificando o mercado e dando alento ao pecuarista. Se a China voltar e o mercado se acomodar, haverá investimentos".

O desafio será maior na oferta de animais, acredita a dirigente da Agrifatto. "Será um leão por dia, não vai ter alívio", disse. Segundo ela, é preciso agir para que o sentimento de "ressaca" e "pessimismo" que tomou conta do segmento não leve à redução dos investimentos, movimento que comprometeria a oferta futura.

Lygia Pimentel destacou também que será um desafio ter animais terminados a pasto para entregar em janeiro. A restrição é reflexo dos problemas climáticos em áreas de pastagens ocorridos neste ano.


Fonte: Valor Econômico
Autor: Rafael Walendorff






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