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CIÊNCIA & TECNOLOGIA - Trabalhos Técnicos

Nutrição

Efeito dos Níveis de Cálcio e da Solubilidade do Calcário para Poedeiras Comerciais

Março de 2007 Unesp - Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho FMVZ – Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia - Campus Botucatu PELÍCIA, K.1.; GARCIA, E.A.2; FAITARONE, A.B.G.3; MÓRI, C.1; PIZZOLANTE, C.C.4; SALDANHA, E.S.P.B.1,4; DALANEZI, J.A.1; BRITO, A.M.5; BERTO, D.5 1 – Bolsista CAPES, aluno de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, FMVZ/Unesp-Botucatu/SP. fokleber@fca.unesp.br. 2 – Professor do Departamento de Produção e Exploração Animal, FMVZ/Unesp-Botucatu/SP. 3 – Aluna de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, FMVZ/Unesp-Botucatu/SP. 4 – Pesquisadora Científica APTA Regional Centro Oeste. 5 – Aluna do curso de graduação em Zootecnia, FMVZ/Unesp-Botucatu/SP. Introdução O ovo caracteriza-se por ser alimento de elevado valor nutricional, com proteína de alto valor biológico, que já apresenta-se naturalmente embalado e, portanto, a casca tem grande importância na qualidade do ovo sob o ponto de vista de conservação do seu valor nutritivo e comercialização. O nível de cálcio é influenciado pelo ciclo de produção segundo Roland & Farmer (1986), com o avançar da idade da ave é necessário aumentar o nível de cálcio. Vários trabalhos com poedeiras no primeiro e segundo ciclo de postura relatam que o aumento no nível de 3,5 para 4,0% melhorou a qualidade da casca e aumentou peso específico nos dois ciclos de postura (El-Boussy e Raterink, 1985; Clunies, Enslie e Leeson, 1992; Keshavarz e Nakajima, 1993). As partículas maiores de calcário são efetivas, quando as galinhas recebem níveis inadequados de cálcio ou são expostas a fatores que reduzam a sua utilização por Roland (1986). Cheng & Coon (1990) relataram efeito na superfície da área da casca do ovo, peso da casca do ovo e espessura da casca com o aumento das partículas de cálcio. O objetivo do experimento foi estudar o efeito dos níveis de cálcio e da granulometria do calcário sobre o desempenho, qualidade de ovos e na absorção de cálcio em poedeiras comerciais. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no aviário experimental de postura da FMVZ-UNESP (Botucatu), em gaiolas metálicas medindo 100 cm de comprimento, 45 cm de altura e 45 cm de profundidade. As aves foram distribuídas num delineamento fatorial inteiramente casualisado com doze tratamentos com quatro níveis de cálcio (3,0; 3,5; 4,0 e 4,5%) nas granulometrias fina (0,18 mm) de solubilidade 19,54% e grossa (3,13 mm) de solubilidade 13,35%, seis repetições por tratamento e 8 aves por unidade experimental, para um total de 576 aves da linhagem Hissex e 72 gaiolas (parcelas), no período de 58 a 70 semanas de idade. Os doze tratamentos tiveram as seguintes combinações: 3,0% de cálcio com 100% de calcário na granulometrias fina (T1); 3,0% de cálcio com 50% de calcário na granulometrias fina e 50% de calcário na granulometrias grossa (T2); 3,0% de cálcio com 30% de calcário na granulometrias fina e 70% de calcário na granulometrias grossa (T3); 3,5% de cálcio 100% de calcário na granulometrias fina (T4); 3,5% de cálcio com 50% de calcário na granulometrias fina e 50% de calcário na granulometrias grossa (T5); 3,5% de cálcio com 30% de calcário na granulometrias fina e 70% de calcário na granulometrias grossa (T6); 4,0% de cálcio 100% de calcário na granulometrias fina (T7); 4,0% de cálcio com 50% de calcário na granulometrias fina e 50% de calcário na granulometrias grossa (T8); 4,0% de cálcio com 30% de calcário na granulometrias fina e 70% de calcário na granulometrias grossa (T9); 4,5% de cálcio 100% de calcário na granulometrias fina (T10); 4,5% de cálcio com 50% de calcário na granulometrias fina e 50% de calcário na granulometrias grossa (T11); 4,5% de cálcio com 30% de calcário na granulometrias fina e 70% de calcário na granulometrias grossa (T12). As rações foram formuladas à base de milho e farelo de soja e ajustadas conforme exigências determinadas por Rostagno et al. (2000). O desempenho avaliado foi: mortalidade, produção de ovos, percentagem de ovos inteiros, percentagem de ovos quebrados, percentagem de ovos deficientes, consumo de ração por ave, peso médio dos ovos semanalmente, massa de ovos conversão alimentar (por dúzia de ovos produzidos), conversão alimentar (por quilograma de ovos produzidos). Para a qualidade dos ovos avaliou-se: gravidade específica, percentagem de casca, peso da casca por superfície de área, percentagem de gema, porcentagem de albúmen, altura da gema, unidade haugh obtida através da fórmula: UH = 100 log (H + 7,57 – 1,7 W 0,37 ), onde: H = altura do albúmen (mm) e W = peso do ovo (g). Foram avaliados também nível de cálcio no sangue e fezes. O sangue foram analisado quanto à quantidade de mg por litro de cálcio segundo a metodologia de Perkin – Eimer Corporation (1996) e as fezes foram analisadas quanto à percentagem de cálcio segundo a metodologia de Lanarv (1988). Antes de iniciar o experimento foram avaliados no calcário a composição química de cálcio e magnésio pelo método quelatométrico do EDTA (LANARV, 1988), para cálcio e para magnésio. Os dois calcários foram padronizados com duas granulometrias, utilizando conjunto de peneiras padrão da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A solubilidade in vitro foi realizada segundo método descrito por Cheng (1990) da Universidade de Minnesota (método de percentagem de perda de peso). A análise estatística dos resultados foi comparada utilizando-se o pacote do SAS (1999). Resultados e discussão Não se observaram diferenças estatísticas significativas (p>0,05) entre os tratamentos para percentagem de postura, massa de ovos produzida, consumo de ração, conversão alimentar por dúzia de ovos produzidos, conversão alimentar por quilograma de ovos produzidos, percentagem de ovos quebrados, peso médio dos ovos, massa de ovos, coloração da gema, percentagem de gema, percentagem de albúmen, percentagem de casca, espessura de casca, gravidade específica, Unidades Haugh e níveis de cálcio no sangue. Observou-se influência significativa (p<0,05) da granulometria de calcário na análise de regressão sobre a percentagem de deficiência da formação dos ovos, apresentando efeito quadrático (Figura 1) com menor percentagem de deficiência de ovos usando 50% de calcário de granulometria fina e 50% de calcário de granulometria grossa. Constatou influência significativa (p<0,05) na análise de regressão, demonstrando efeito linear no aumento no peso da casca por superfície de área com o aumento do nível de cálcio na ração (Figura 2). Para os níveis de cálcio nas fezes de galinhas observou-se também efeito do nível de cálcio na análise de regressão, apresentando efeito linear no aumento da quantidade cálcio nas fezes com o aumento do nível de cálcio na ração como pode ser observado na Figura 3. A inclusão do menor nível de cálcio (3,0%) na dieta de poedeiras semi-pesadas de primeiro ciclo pode ser realizada sem que haja maiores mudanças na produção de ovos, porém aumentando-se o nível de cálcio proporcionará uma melhor qualidade de casca resultante do aumento do peso da casca por superfície de área. Para granulometria de calcário também não houve grandes mudanças na produção de ovos, porém recomenda-se a substituição de calcário fino pelo calcário grosso em até 50% na dieta de poedeiras semi-pesadas. Conclusões Para poedeiras semi-pesadas em final de primeiro ciclo de produção, nas condições de realização deste experimento pode-se concluir que: O nível de cálcio de (3,0%) pode ser utilizado na dieta sem que hajam prejuízos na produção de ovos, porém o aumento no nível de cálcio poderá propocionar melhoria na qualidade da casca; Não houve efeito da composição granulométrica do calcário na produção de ovos, porém a associação de 30% de calcário fino e 70% de calcário grosso na dieta de poedeiras poderá aumentar o índice de ovos inviáveis para comercialização.


Nutrição









































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